Principais cuidados ao desenvolver sua arte-final

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Nas gráficas, é muito comum o cliente chegar para fazer um pedido gráfico e, quando perguntado se já possui a arte, informar que já tem a arte e enviar um arquivo do Word. Não pode, não é? Você sabe o que precisa saber sobre arte final?

PROGRAMAS USADOS

Quando falamos em arte final, falamos de um arquivo pronto para ser enviado para impressão.
O arquivo deve as fontes incorporadas, cores no padrão CMYK ou Pantone (quando for impressa com tintas especiais). Os efeitos devem ser preparados para impressão. Resumindo, preferencialmente devem ser feitos por um profissional gráfico.

programas gráficos
programas gráficos

Os programas de escritório tal qual o Word, Excel, Powerpoint ou mesmo programas para fazer cartões em impressoras de mesa, trabalham com cores RGB.
Eles não tem recursos de escolha de tabela de cores e a maioria nem mesmo manda a fonte correta junto ao arquivo. Quando vão com a fonte padrão do Windows, você nem percebe a troca de fontes no outro computador. Mas quando usa uma fonte um pouco diferente, vira um desastre no micro da gráfica.
As fotos que são colocadas, não são anexadas fisicamente na arte. O Word usa um recurso de apontar para o arquivo da foto no seu micro. Conforme a configuração usada para salvar, se você deletar uma destas fotos, nem no seu micro elas vão aparecer. Imagine no micro da gráfica?
Para fazer a arte você deve usar programas gráficos específicos: Corel Draw, Photoshop, InDesign, Page Maker, Adobe Ilustrator, entre outros. Mesmo assim o envio das artes deve seguir o padrão pedido pela gráfica. No nosso mercado, geralmente, usa-se o PDF (criado a partir de um programa gráfico para ir tudo certo), o Corel Draw ou arquivos JPG ou TIF de boa qualidade e resolução.
A maioria dos programas gráficos permitem todas estas opções. Algumas são melhores do que as outras. Mas não há consenso entre os profissionais, pois vira uma questão pessoal. Tem a tribo do Corel Draw, a do Photoshop e a dos outros programas. Quem acaba definindo é a gráfica onde será executado o serviço.

DESIGN

layout
layout

O layout é outro fator a ser observado.
Em geral, a regra é “menos é mais”. Evite usar tipos de fontes em excesso, poluir com fotos em demasia e pequenas, exagerar nos efeitos. Quanto menos elementos tiver, mais destaque terá para os efeitos usados e melhor a aparência de seu trabalho.
Pessoas, que trabalham na WEB, têm a tendência de usar toda a tela nos seus trabalhos. Ao fazer a arte para o monitor, não há problemas de corte. Basta ajustar a tela e pronto.
Na impressão, cortamos os serviços em lotes com mais de 200 folhas, havendo uma certa variação neste corte. Quando se encosta um texto na borda ou se faz uma moldura bem justa nas margens, parte deste material vai ser cortado, dando a aparência de erro de impressão, vulgarmente chamado de “degolado”. Pode parecer erro da gráfica, pois o cliente imagina seu trabalho sendo cortado um a um, na mão. Quem já tentou isto sabe que mesmo um corte na mão não apresenta um resultado perfeito.

Por este e outros erros comuns apresento as seguintes sugestões:

  1. Toda a parte textual (textos) e bordas, devem estar a pelo menos 4 mm das bordas de corte.
  2. Respeite os limites de corte pedido pela gráfica (área de sangria).
  3. Todas as fotos que encostam na borda devem avançar na área de sangria a fim de garantir o corte. As partes importantes da foto devem estar longe da área de corte, tal qual feito nos textos.
  4. Fotos que não podem ser cortadas devem ser ajustadas da mesma forma que os textos, a 4 mm da borda de corte.
  5. Cores sempre em CMYK.
  6. Pode-se usar efeitos, porém na versão final de impressão devem ser convertidas para bitmap ou reduzir o número de nós, para que não haja problemas ao imprimir.
  7. Fotos devem ser convertidas para 300 dpi nas cores CMYK na versão pronta para impressão (isto reduz o tamanho dos arquivos e evita problemas).
  8. As fontes devem ser incorporadas ao arquivo ou convertidas em curvas. Na janela de salvar tem caixas que devem ser marcadas para que haja esta incorporação de fonte.
  9. Antes mesmo de fazer a arte, deve-se escolher a gráfica que irá executar o trabalho. Se for um serviço impresso em lote (vários clientes juntos), deve-se respeitar as medidas passadas pelo fornecedor gráfico. Se o serviço for exclusivo, pode-se fazer a sua própria medida, porém é bom conversar com a gráfica para poder otimizar a impressão e reduzir custos.
  10. Lembre-se que serviços em lote custam uma pequena fração do preço de um serviço exclusivo. E também que 1 mm de diferença no tamanho pode significar um grande aumento no preço final. Converse com seu fornecedor antes de fazer a arte.
  11. Seu serviço pode ser feito por um arte-finalista ou por um designer. O preço varia muito e o resultado também. Verifique bem o valor que você deve agregar ao produto. Cada caso é um caso. Existem serviços para os dois tipos de profissionais.
  12. Não deixe de olhar nossos post Designer gráfico para WebDesigners (https://www.cardquali.com/?p=213) e Prepare corretamente sua arte (https://www.cardquali.com/?p=260) com outra dicas.

TIPOS DE IMPRESSÃO

Até o momento não citei o tipo de impressão que deve ser usado.
Tenha em mente que você deve pesar os seguintes itens:

PREÇO x QUALIDADE x QUANTIDADE

balança preço x qualidade
balança preço x qualidade

Se você vai fazer uma apostila para um curso interno com 20 pessoas, imprimir numa impressora de mesa ou usar uma copiadora é muito aceitável.
Caso seja um curso externo com grande número de pessoas, bem cobrado por você, é necessário agregar valor ao trabalho. Deste modo, fazer uma impressão por demanda numa copiadora de qualidade, com impressões coloridas e uma boa capa, se faz necessário para mostrar profissionalismo.
Panfletos e folders devem ser rodados preferencialmente em offset, com qualidade de acordo com o público alvo. Para mercado popular, basta serviços monocromáticos. Público mais exigente, impressos em offset colorido e com papel couchê. Mercado exigente (carros, apartamentos, altos executivos) exigem papel e impressão de qualidade. Nos casos mais exigentes, mas com baixa tiragem, como cardápios ou apresentação de propostas de negócios, pode-se usar serviços de impressão por demanda de qualidade (Direct to Print).
Tiragens enormes pode-se sair do offset e procurar os jornais e revistas de grande tiragem. Daí a rotogravura é a impressão mais indicada.

CONCLUSÃO

O envio da arte final e a escolha do sistema de impressão nem sempre é de fácil solução.
É muito comum o profissional planejar um projeto e deixar a parte gráfica por último lugar.
Um atraso neste processo pode comprometer todo o trabalho, e como depende muito de quem está fornecendo a arte final, é comum projetos inovadores serem um fracasso por falta de planejamento nesta área.
Não deixe a im pressão por último. Lembre-se que a divulgação é muito importante para seu projeto e quanto antes se detectarem problemas, menos chance de insucesso você terá.
Com planejamento você chegará ao sucesso!
Espero que tenham gostado do post.
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Até o próximo post.

2 COMENTÁRIOS

  1. Vi o seu link em uma postagem do ocioso, pois é, eu tinha um blog e usava o ocioso como agregador, a politica para entrar é tensa, e demora uns 3 dias para aprovar sua link, e alem disso todos que pagam são mais favorecidos. Então, eu sou programador a 5 anos e resolvi fazer um agregador totalmente gratuito, que todas postagens parecem no topo, pois a cada recaregamento de página a ordem de postagens muda, e onde você mesmo gerencia seus links, ou seja, um portal de links que você gerencia, é fácil de usar, é so criar um conta em http://www.flowit.com.br/meuslinks e você já pode começar a utilizar, você pode postar quantos links quiser, é totalmente ilimitado, confira é comprove: http://www.flowit.com.br

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